Contexto que Paulo escreveu a carta aos Romanos
A igreja, em seu início, experimentava os primeiros sinais de divisão. Uns achando-se mais merecedores das benesses de Deus, contudo conheciam apenas a lei, não a graça deixada através da morte Jesus Cristo na cruz.
Paulo, de uma forma clara, através de ensinamentos profundos e relevantes, faz um chamamento, tanto para judeus, como para gentios, que creiam no Evangelho de Jesus Cristo, deixando bem claro em 1.16-17 – Não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque no Evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé.”
Paulo fala do Evangelho, enquanto Poder de Deus e não por teoria elaborada por ele. Sendo essa a forma que Deus escolheu para salvar pecadores.
Paulo inclui os mandamentos e trabalha a questão da lei X fé, desconstruindo que nenhuma lei jamais salvou um pecador e sim a FÈ.
Paulo coloca num mesmo patamar judeu e grego, ou seja, o Evangelho e a salvação são acessíveis a todos.
O significado da cruz
Abrir mão de prerrogativas.
Deus, através de seu filho Jesus Cristo, nos recebe em amor dando forma à nossa fé e obediência. Não uma obediência tola, infantil e amedrontada, que nos limita a viver à margem e mediocridade na vida Cristã, mas numa obediência que nos leve a absorver a verdadeira justificação na Cruz, dando propósito à morte como forma de vida, e vida com abundância.
Porque a graça é superior à lei?
O que mais me chamou atenção no livro de Romanos
[1] “A graça nos atinge quando estamos em grande dor e desassossego. Ela nos atinge quando andamos pelo vale sombrio da falta de significado e de uma vida vazia. Ela nos atinge quando, ano após ano, a perfeição há muito esperada não aparece, quando as velhas compulsões reinam dentro de nós da mesma forma que têm feito há décadas, quando o desespero destrói toda alegria e coragem. Algumas vezes nossas trevas, e é como se uma voz dissesse: ‘ Você é aceito. Você é aceito, aceito pelo que é maior do que você, o nome do qual você não conhece. Não pergunte pelo nome agora; talvez você descubra mais tarde. Não tente fazer coisa alguma agora; talvez mais tarde você faça bastante. Não busque nada, não realize nada, não planeje nada. Simplesmente aceite o fato de que você é aceito. Se isso acontece conosco, experimentamos a graça.”
A palavra de Deus é maravilhosa, linda, eficaz e se completa a cada livro e a cada leitura desses livros. Contudo, em Romanos observo a dimensão dos “porquês”: de Adão ter transgredido; de Jesus Cristo ter sofrido tanto; da cruz e da ressurreição. Para poder entender a dimensão desta frase:
[2] “Venham a mim e Eu lhes darei descanso – todos vocês que trabalham tanto debaixo de um jugo pesado. Levem o meu jugo- porque ele se ajusta perfeitamente e deixem que Eu lhes ensine; porque Eu sou manso e humilde, e vocês acharão descanso para suas almas; pois só Eu faço vocês carregarem cargas leves.”
O que concluo? Que preciso experimentar essa tão grandiosa graça de Deus a cada dia, mas de forma prática na vida dos que me aproximarei e dos que se aproximarem de mim, levando-os a se sentirem amados e assim, experimentarem essa tão maravilhosa Graça!
Que desafios práticos você toma para si a partir de Romanos?
[3] Jean Paul Sartre disse: “O inferno são os outros” e Ricardo Gondim, comentando o texto disse “o inferno não é o outro, o inferno é a ausência do outro – especialmente o grande Outro”.
A partir do livro de Romanos vislumbro uma necessidade de olhar o outro com olhos ternos de amor, em detrimento de ter sobre mim esse mesmo olhar da parte de Deus.
Amar as pessoas não focando nas imperfeições, bem como a mim. Sendo este o desafio deixado pós-leitura de Romanos e também o fato de que eu só posso relacionar-me com as pessoas a quem estou disposta a servir. Sem essa idéia de humilhação e serviço, não conseguirei suportar as pessoas em suas imperfeições e mazelas.
Outrossim, passo a ter, no livro de Romanos a base necessária para minha vida: espiritual, social, familiar e poder fazer de meu curso de Teologia, o roteiro para essa nova caminhada. Centrada na fé, resistência e graça.
Consultas que me nortearam
[ 1 ] Manning, Brennan – O Evangelho Maltrapilho – Editora Mundo Cristão, São Paulo, 2005 – p. 27 e 28
[ 2 ] Kivitz, Ed René – Vivendo com propósitos – Editora Mundo Cristão – São Paulo, 2003 – p. 191 e 192
[ 3 ] Bíblia Viva – Mateus 11: 28-30