30 de jun. de 2009

Dicas

Pessoas..... Quero, com muito prazer, compartilhar alguns trechos de um livro que leio: (...) “Por que dependemos das metáforas? Imagino que seja porque enfrentamos uma enorme dificuldade de expressar satisfatoriamente o que pensamos. Somos cheios de abismos de incompreensão. Há o abismo entre o que pensamos e o que queremos entender, e entre o que pensamos e o que conseguimos dizer. As distâncias se ampliam, porque também há o abismo entre o que dizemos e o que os outros entendem. (...) Por que agirmos com intolerância absoluta em nossas difíceis conversas? Porque desistirmos uns dos outros em nossos desencontros ideológicos? Por que colocarmos a continuidade das relações em questão por causa das palavras? (...) Sempre que tentamos uma leitura absolutista do texto bíblico, acabamos atropelando individualidades, tanto quanto empobrecendo o sentido das Escrituras. (...) Mario Quintana.... ‘ Os espelhos partidos têm muito mais luas’ (...) Somos metáforas vivas, as mais poéticas delas – o que não significa que sou uma ilusão, ou engano. Uma metáfora não é uma ilusão, mas uma alusão. Ver no outro uma metáfora, ou olhar para o outro com um olhar metafórico é dar-se conta de que o que vejo no outro nunca é a sua verdade absoluta, mas apenas uma alusão modesta, uma aproximação delicada e frágil de suas verdades.(...)” O livro?? Salvos da perfeição – Elienai Cabral Jr. Tem muito mais e não quero lhe tirar o prazer dessa leitura.
Fica ai minha dica....

3 de jun. de 2009

Pessoas, Amo ler, amo escrever, amo devagar, amo besteirol, amo gente simples, amo gente complicada, amo tudo o que me faça pensar e rir...rir muito! Amo mudar de opinião. Amo retroceder, como forma de estratégia. Ultimamente estou amando me calar.....e observar (mais) as pessoas! Suas minúcias, suas contradições, seus conflitos e, diante disso tudo, me observo e procuro a mim mesma! Calma, não estou surtando! Estou movimentando tijolos... Minha leitura atual? Descobrindo Deus nos lugares mais inesperados, de Yancey, compartilho um trecho com vocês, espero que gostem! “Depois de treze anos morando no centro de Chicago, minha esposa e eu nos mudamos para um local distante nas Montanhas Rochosas. Eu me pego sentindo falta das personagens de nossa antiga vizinhança: o catador de latinhas que se autodenominava Tut Uncommon, o paciente com distúrbios mentais que se sentava num café o dia inteiro fingindo fumar um cigarro apagado, o excêntrico que perambulava pela rua Clark com uma placa em que se lia: preciso de uma esposa! Em nosso local de moradia nós vemos mais animais do que pessoas. Alces pastam na encosta situada atrás de nossa casa, pica-paus bicam o tapume de madeira e uma raposa vermelha, que chamamos de Foster, aparece todas as noites em busca de algum petisco. (...) Não muito tempo depois da mudança, comecei a ler a Bíblia toda, começando pelo Gênesis, e logo descobri que a Bíblia assume tons diferentes em novos ambientes. Li relato da criação no período da neve. As montanhas lampejavam com a luz matinal, e cada pinheiro se vestia com um manto branco puro, cristalino. Foi fácil imaginar a alegria da criação original, um tempo em que, como Deus posteriormente descreveu para Jô, “as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus”. Naquela mesma semana, entretanto, um baque forte interrompeu minha leitura. Um passarinho, um pintassilgo com cauda chanfrada e listas amarelas em “v” nas asas, tinha batido na janela. Ficou caído com a barriga para baixo num montinho de neve, a respiração entrecortada, com gotas de sangue de um vermelho vívido escorrendo do bico. Ficou lá por vinte minutos, mexendo a cabeça esporadicamente como se estivesse sonolento, até que finalmente fez seu último esforço para levantar, e então pendeu a cabeça na neve e morreu. Considerando as muitas tragédias existentes, tinha testemunhado uma menor. No noticiário do meio-dia algo sobre um massacre no Oriente Médio e um derramamento de sangue na África. De alguma forma, no entanto, a morte de um único passarinho, encenada bem do outro lado do vidro da janela, trouxe realidade à gravidade de minha leitura naquele dia capturou em miniatura a mudança abissal entre os capítulos segundo e terceiro do Gênesis, entre o paraíso e a criação decaída”. (..) Nós humanos recebemos o privilégio da ‘dignidade da causação’, disse Blaise Pascal, e os capítulos seguintes do Gênesis demonstram que a causação pode ser tanto uma dignidade quanto um fardo(...) Meu Deus, falar de Evangelho e Cultura.... Bjs Meiroka