" É um mistério para mim
temos uma ganância que aceitamos
Você acha que tem de querer mais do que precisa
e, até ter tudo, não estará livre
A sociedade é uma coisa louca
Tomara que você não se sinta sozinha sem mim
Quando você quer ter mais do que precisa e
quando pensa mais do que quer
seus pensamentos começam a sangrar
Precisa de uma casa maior
porque quando se tem mais do que se pensa
você precisa de mais espaço
A sociedade é uma coisa louca
Tomara que você não se sinta sozinha sem mim"
Não contarei o filme, mas colocarei um texto que falará muito melhor que eu! Amo Sean Penn! Acho-o de uma coragem e de um talendo extremo! 21 gramas, Entre Meninos e Lobos, Milk....e muitos outros....Ele é o cara!
Segue o texto:
“Na Natureza Selvagem” (Into the Wild/EUA/2007), filme do diretor, roteirista e produdor impecável Sean Penn, baseado no livro-reportagem homônimo, do jornalista Jon Krakauer, conta a história de Christopher McCandless, um jovem recém-formado que se aventura pelos Estados Unidos até chegar a inabitável Alasca.
"Na natureza selvagem" foi produzido pelo braço independente da Paramount, ganhou elogios dos principais críticos dos EUA entre eles, da bíblia do cinema "Variety", jornais e revistas influentes, como "Washington Post", "New York Times", "Entertainment Weekly" e "Rolling Stone". Mas o filme foi quase ignorado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana. Talvez por conta da força dos republicanos contra Penn, acusado de antipatriota e traidor pela direita americana por suas reportagens sobre o Irã e o Iraque, criticando George W. Bush por crimes de guerra. No filme "Na natureza selvagem", vê-se numa cena o ex-presidente George Bush na TV falando sobre a guerra do Golfo, assim como aconteceu com seu filho, George W. Bush, em relação ao conflito no Iraque.
Penn esperou dez anos pelo "sim" da família de McCandless para poder levar a história à tela, transbordando emoção em cada cena com a mesma intensidade com que a natureza se revela ao longo da projeção. Emile Hirsch, protagonista do filme, cativa e emociona durante os 140 minutos de exibição com sua atuação louvável encarnando Chris McCandless. McCandless, nascido em meio à riqueza e privilégios, jogou tudo para o alto no dia em que se formou na faculdade, em 1990, doando seu dinheiro e queimando documentos quando decide viajar pelos EUA em busca da liberdade, auto-conhecimento, valores e sentimentos que não encontrava em casa. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia se depara com uma série de personagens que irão moldar sua vida para sempre, mostrando os diferentes níveis de relacionamento. A jornada de McCandless acaba após 2 anos na estrada para o Alasca, quando demonstra compreender, tardiamente, que este tão desejado estado de espírito só é real quando compartilhado. Uma última provação inspirada em grandes escritores, especialmente Leon Tolstói que enfrentou a natureza e as pressões da alma. O filme apresenta uma história comovente, como espelhos dos nossos próprios pensamentos e gera muita reflexão sobre o quanto podemos levar uma vida insignificante se não soubermos como vivê-la, sobre o nosso papel no mundo.
O diretor de fotografia Eric Gautier, o mesmo de “Diários de Motocicleta” filme sobre Che Guevara do diretor Walter Salles, capta imagens deslumbrantes sem desviar a atenção do espectador. E para acentuar este trabalho, entra ainda a emotiva trilha sonora criada por Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, em seu primeiro projeto solo que nos presenteia com excelentes canções que se encaixam perfeitamente com a história e acentuam bastante as sensações geradas, afirmando seu forte lado político. Ouça e veja aqui o trailer legendado do filme “Na Natureza Selvagem”: http://www.youtube.com/watch?v=0YBDpPIhEYo
Fica ai mais uma boa dica!
Bjs